segunda-feira, 3 de maio de 2010

[Juvenis] 7.ªJornada - 2.ª fase do campeonato

UD Ranha 1 - 4 UDCaranguejeira

Como dar a volta ao resultado, em 4 tempos?
Receita

Ingredientes:
- Uma equipa equilibrada psicologicamente
- Uma equipa com garra e sede de vitória
- Uma equipa a trabalhar em grupo
- Um "Goleador" inspirado
- Um guarda-redes "Gigante"

Começou mal, mas acabou muito bem, o jogo da 7.ª jornada da 2.ª fase do campeonato, dos Juvenis da UDC, no campo da UD Ranha. A perder 1-0 logo no 1.º minuto, conseguiram virar o resultado e não pouparam os adversários. 1-4 resultado final!


Sábado, 01 de Maio - No Dia do Trabalhador, a UDC arregaçou as mangas e foi facturar 3 pontos ao reduto da UD Ranha. Mas as coisas não começaram bem para a equipa verde e amarela. Logo no 1.º minuto, a equipa da casa marca 1-0 e complica as contas à UDC.

A equipa demorou a encontrar-se e a adaptar-se ao campo, pelado. Aos 15 minutos a UD Ranha poderia mesmo ter chegado aos 2-0, através de um remate forte, em que a bola acaba por bater no poste e não entrar.


Na resposta a UDC remata também à baliza do adversário, por intermédio de Joel, mas a bola acaba por sair por cima, sem grande perigo.
Aos 20 minutos, novo pontapé de Joel, mas desta vez o remate sai ao lado, não oferendo também grande perigo.

Ao 23 minutos da 1.ª parte, 1.ª grande situação do jogo. Num lance de disputa de bola, junto à entrada da área da UDC, Alexandre faz falta sobre o jogador da Ranha, o que dá origem a um livre de grande perigo para a baliza da UDC.
Perante o grande remate da UD Ranha, Olivier é obrigado a fazer uma enorme defesa e evita o 2-0.

O lance deu novo fôlego à UDC que continuou à procura do empate. Mas a bola continuava a andar muito pelo ar, os jogadores tinham muita dificuldade em a controlar e em a fazer circular pelo chão. Aos 25 minutos a UDC consegue o seu 1.º pontapé de canto. Na sequência deste lance, Vila aponta à baliza e obriga o quarda-redes da UD Ranha a uma grande defesa.

Mas foi só à meia-hora de jogo que a UDC molha a sopa, por intermédio de Joel. Joel faz um primeiro remate, o guarda-redes da casa defende para a frente e "O Goleador" não perdoa, na recarga.
Estava feito o empate e recuperada a estabilidade da equipa da Caranguejeira. Estabelidade essa que leva mesmo o mesmo Joel, a fazer o 1-2, apenas dois minutos depois.
O jogo estava emocionante e 3 minutos depois, a UD Ranha poderia mesmo ter chegado ao empate, não fosse mais uma grande defesa de Olivier, "O Gigante", que acaba por atirar a bola para pontapé de canto.

No contra-ataque, a UDC cria mais uma situação complicada na baliza da UD Ranha, através de um bom remate de Moreira, que acaba, no entanto, por sair ao lado.

Fim da 1.ª parte, 1-2 no marcador e tudo em aberto para uma 2.ª parte necessariamente decisiva.

A UDC entra muito bem no 2.º tempo e logo aos 3 minutos, Hugo remata com algum perigo, à baliza adversária.

Mas 1 minuto depois, novo balde de água fria para a equipa verde e amarela. Num lance de disputa de bola, dentro da área da UDC, o árbitro considera que Alexandre faz falta sobre o jogador da Ranha e apita para a marca da grande penalidade. Alexandre vê o cartão amarelo. Caso concretizasse, a UD Ranha empataria e jogo e seria muito mais complicado dar a volta ao resultado, novamente. Talvez por ter consciência disso, Olivier fez-se GIGANTE e defendeu o penálti, não se sabe se, mais com as luvas, ou mais com a garra e a raça que o caracterizam.

O lance incendiou os ânimos e deu novo fôlego à UDC. A prova é que 4 minutos depois, a equipa da Caranguejeira chega mesmo ao 3.º golo, mais uma vez, por intermédio da chuteira do "Goleador" de serviço. Hat-Trick para Joel.

Mas um 1-3 era pouco ainda para o treinador da UDC que perante alguma "queima de tempo" dos seus jogadores, lhes gritava "vamos, rápido! Estamos aqui é para jogar!".

Aos 20 minutos ambos os treinadores decidem mexer nas equipas. Na UDC sai Arlindo e entra Vasco Antunes.


Logo depois, a Ranha chega novamente com perigo à baliza da UDC. O jogador da equipa da casa remata de longe e surpreende Olivier que se vê obrigado a desviar para canto.

No contra-ataque é a vez de Oliveira rematar com perigo à baliza adversária. O remate vai em jeito, a bola bate no chão e obriga o guarda-redes da Ranha a uma defesa improvisada.

O jogo estava emocionante e bem disputado, mas aos 25 minutos de novo o endiabrado "Goleador" fecha as contas do jogo com o seu próprio "Poker".
Depois da missão cumprida, 1-4, o treinador da UDC faz nova substituição, retira Joel e coloca Gonçalo a ponta de lança.

Mas o pior do especáculo estava reservado para os minutos finais. Depois de um jogo tão bem disputado, alguns jogadores da UD Ranha irritados pelo resultado pesado, perdem a cabeça e passam para as faltas duras contra os jogadores da UDC. Os números 17 e 31 da UD Ranha acabam mesmo por ver amarelos por essas faltas.

Depois há ainda uma falta sobre Santos, cujo livre acaba por não gerar perigo na baliza adversária. Assim como uma falta de Oliveira sobre o número 17 da UD Ranha, deu origem apenas a um remate por cima da baliza da UDC.

Perto do fim do jogo, tempo ainda para sair Renato e entrar João António, na equipa da UDC.

O árbitro concede 3 minutos de descontos, tempo suficiente para mais uma triste situação. Um jogador da UD Ranha faz uma falta muito dura sobre Gonçalo, que já nem a bola tinha. O Árbitro considera agressão e mostra o vermelho directo ao jogador.

Os ânimos exaltaram-se ainda mais e já depois do apito final, o árbitro volta a elevar a cartolina vermelha, desta vez ao jogador nr. 31 da UD Ranha, por protestos.
"Soubemos dar a volta por cima, mostrámos o nosso futebol, deixámos a força, a raça e o querer e tivemos a humildade suficiente para seguir em frente." - André Gameiro
O "Goleador" não tem treinado, tem feito apenas tratamentos, entra neste jogo e faz o Poker. Trabalho, é a receita, segundo Joel.

No próximo sábado, a UDC recebe em casa o GDR Bidoeirense, às 15h30, para o antepenúltimo jogo do campeonato.
Opinião pessoal - 1:

Nota negativa para alguns jogadores da equipa da casa que não souberam perder com dignidade. É triste que em camadas tão jovens haja já este espírito de vingança quando não se consegue ser superior no futebol. Na minha opinião, 2 vermelhos foram pouco, para o que se viveu em campo. Essencialmente depois do 4.ª golo da UDC, viram-se lances muito duros que poderiam ter criado lesões muito complicadas. Não vejo necessidade nenhuma deste tipo de comportamento dentro de um campo de futebol, que mais parece um campo de batalha!

Peço aos jogadores mais calma, afinal, por muito dura que seja uma competição, ela não passa disso mesmo, de uma competição, um jogo... São todos muito jovens para esta raiva, esta agressividade e este sentimento de vingança, custe o que custar.
Peço também aos treinadores que tenham mão pesada na condenação destes comportamentos. Afinal, os senhores não estam apenas a ensinar jovens a jogar futebol, estão a contribuir muitíssimo para a construção da sua personalidade, da sua maturidade e para o seu comportamento perante outras situações da sua vida, no futuro.

Uma palavra de apreço para o Capitão de equipa da UD Ranha que teve uma atitude exemplar, tentando sempre acalmar os ânimos e chegando mesmo a ordenar aos seus jogadores, depois do apito final, que quem não quisesse cumprimentar a equipa de arbitragem e os adversários, se dirigisse de imediato para os balneários, pois não admitia ali mais confusões. Parabéns, uma atitude digna de um grande Capitão de equipa!

Opinião pessoal - 2:



Apela-se cada vez mais à ida dos adeptos aos jogos. O jogos são espectáculo e toda a gente terá a ganhar com um "estádio" cheio. No entanto, ainda há muitos casos nestes jogos distritais, onde não estão reunidas as condições mínimas para as pessoas que gostam de acompanhar estes jogos. Esta partida foi mais uma dessas situações. À volta de um campo pelado, não havia um único banco, para os adeptos. Quem quis assistir ao jogo, teve de o fazer de pé, nas encostas dos pinhais ou improvisando e arranjando bancos feitos de troncos ou pedras, ou mesmo sentando-se no chão.

Para não falar da descida/subida íngreme que se tem que fazer para chegar ao pelado. Algo facilmente ultrapassável para quem se consegue mexer bem, uma dificuldade complicada, para alguns avós que gostam de ver os netos jogar.
Era bom tentar corrigir este tipo de situações, criar mais e melhores condições para o público dos jogos das camadas mais jovens, para que cada vez mais estas partidas tenham mais dignidade e atraiam cada vez mais público às suas "bancadas".
Liliana Oliveira

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