Num jogo com pouca história, o Juncal acabou por ser a equipa mais feliz ao conseguir arrancar 3 importantes pontos a 5m dos 90, que lhe permitem sonhar com a subida de divisão.
Engane-se quem pense que a história se resume a este jogo, pois há muito que esta equipa da terra do cimento anda a arriscar. É uma equipa muito dura a jogar, recorrendo muito à violência, sobretudo no seu campo, onde adeptos ameaçam tudo e todos, uma forma de jogo psicológico. Há muito que se pede mão pesada dos responsáveis do futebol distrital relativamente à Maceirinha. Aliás, a agressão à membro da equipa de arbitragem aconteceu por parte do jogador nº16 da Maceirinha. Já antes a fiscal de linha tinha sido vítima de palavras e um empurrão do técnico desta equipa, tendo o árbitro deixado passar impune.
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A jogar em casa, numa tarde cheira de sol a convidar a uma boa partida de futebol, frente ao primeiro classificado, o Vieirense, a União Desportiva da Caranguejeira (UDC) não conseguiu hoje evitar a derrota nos últimos segundo do jogo, seis (!) minutos para lá dos 90m regulamentares. Com dois jogadores a menos, expulsos pela polémica equipa de arbitragem que dirigiu o encontro, a UDC conseguiu resistir e defender o resultado quase até final. Na sequência da transformação de um pontapé de canto, o guarda-redes da casa realiza um mau alívio, socando mal a bola que, no meio de alguma confusão na área, acabou nos pés dos jogadores vieirenses, anulando o empate a uma bola que parecia ser o resultado final.
Em oposição aos festejos efusivos dos visitantes, foram muitos os protestos dos adeptos caranguejeirenses que só terminaram após a equipa de arbitragem abandonar o recinto desportivo.
O jogo até começou bem para a UDC, com Mateus a marcar o primeiro golo. Sérgito ainda faz o segundo, que daria a tranquilidade à equipa da casa, mas o árbitro anula-o prontamente advogando falta, inexistente, sobre o guarda-redes. A partir daqui a história foi escrita à maneira do árbitro marinhense, o mesmo que há poucos dias deu uma entrevista a um jornal de Leiria afirmando que o Vieirense era candidato a subir de divisão. Primeiro expulsa Gonçalo, com um vermelho directo após falta muito discutível sobre um atacante vieirense. Gonçalo, por trás, vai à bola e não ao adversário. A considerar falta seria amarelo. A segunda expulsão é tão ridícula como a decisão do árbitro. Costa sofre falta na área da equipa de Vieira de Leiria, leva com várias joelhadas, e o juiz da partida assinala, não penalti, mas falta atacante e mostra o vermelho. Com 9 jogadores e contra tudo e todos a UDC faz o que pode, acabando por consentir o empate. No final, o árbitro concede ainda seis minutos que permitem ao Vieirense chegar à vitória.
Estranha-se, e lamenta-se, de facto, o comportamento da equipa de arbitragem. Também é de estranhar a presença nas bancadas de um observador do jogo que viajou com a mesma equipa de arbitragem. E chamam a isto imparcialidade e independência.
Análise do técnico caranguejeirense
“Temos sido prejudicados nos últimos jogos pelas arbitragens. Jogamos bem, a equipa joga bem, esforça-se, dá o tudo por tudo, e só não conseguimos os três pontos devido à equipa de arbitragem”, salientou Jorge Menino no final do jogo realizado no Campo da Mata, este Domingo, 27 de Fevereiro. A UDC ocupava na altura o 6º lugar, uma boa classificação, mas que na opinião de Jorge Menino poderia ser melhor não fossem as arbitragens. Em declarações ao Blog o técnico caranguejeirense assume que o objectivo este ano não era subir de divisão pois estava ciente dos jogadores que tinha. “A equipa é formada por muitos jogadores que vieram dos juniores, e sabíamos que era muito difícil chegar ao primeiro lugar”. Este não tem sido, no entanto, um factor decisivo para a boa prestação da equipa verde e amarela que, não fossem “outras vontades”, poderia estar ainda melhor classificada.
Jorge Menino lamenta ainda as péssimas condições em que se encontra o terreno de jogo. “Com seis equipas aqui a jogar neste relvado não dá”. O técnico avisa que algo tem de ser feito, e que para a próxima época ou há outro campo para treinar ou terá que ser colocado um piso que aguente com seis equipas por semana em cima dele.
Fotos: Orlando Marques (DR)
