quarta-feira, 29 de março de 2000

Caranguejeira, 1 - Alcanenense, 1

Caranguejeira “escorrega” com Alcanenense
Vazio de ideias
Texto de
Mário Rui Nicolau

A Caranguejeira não conseguiu vencer um dos seu adversários directos na luta pela manutenção, o Alcanenense, ao permitir um empate a duas bola, já no segundo tempo.

A equipa de Armando “Velhinha” não jogou bem e depois de marcar tentou gerir o resultado, abdicando praticamente de atacar. O Alcanenense, pelo seu lado, também se mostrou uma equipa pouco ambiciosa e só depois de estar a perder tentou fazer algo para chegar ao golo.

Com uma postura bastante cautelosa, a Caranguejeira arriscou pouco durante os primeiros minutos, tentando trocar a bola com bastante certeza. A tentativa de jogar um futebol apoiado por parte de Armando “Velhinha” acabou por falhar, uma vez que os médios não conseguiram servir os dois elementos mais avançados, Chanoca e Nuno Neves. Isto também porque as marcações dos jogadores do Alcanenense foram, na maior parte do primeiro tempo eficazes.

Contudo, a partir da meia-hora de jogo, a Caranguejeira melhorou a sua circulação de bola e manteve-se mais tempo no meio-campo do adversário. Como consequência o perigo passou a rondar, com maior frequência, a baliza de Alexandre. Aos 34 minutos, Vasco, com um excelente lance individual pela esquerda, ganhou a linha de fundo e centrou atrasado, Chanoca apareceu a rematar, mas falhou por centímetros. Porém, a equipa de Armando “Velhinha” acabou por chegar ao golo, num lance que deixou algumas dúvidas. Nuno Neves caiu na área, após disputar a bola com o central Gonçalves. O árbitro não teve dúvidas e assinalou grande penalidade. Ricardo, com um remate colocado, deu vantagem no marcador à sua equipa, resultado com que acabou o primeiro tempo.

Depois do intervalo, as equipas mudaram por completo. A Caranguejeira deu a iniciativa de jogo ao seu adversário. O Alcanenense aceitou a tarefa que o conjunto da casa lhe entregou e passou a assumir as despesas ofensivas. No entanto, as ocasiões de perigo não apareceram. A equipa de Armando “Velhinha”, apesar de alguns deslizes, conseguiu manter o perigo afastado da sua baliza. Mas pouco a pouco a eficácia defensiva dos locais foi baixando.


O Alcanenense, por seu turno, com algumas mexidas no “onze” conseguiu tornar o seu futebol mais incisivo e apareceu maior frequência na área de Vítor Maranhão. Aos 68 minutos, Marco quase conseguiu o tento e cinco minutos depois Pelarigo imitou-o. Mas o ataque do Alcanenense acabou por ver o seu esforço premiado aos 76 minutos, por Tuta. O médio aproveitou uma bola devolvida pela barra para igualar. Só depois do golo a Caranguejeira voltou a atacar, mas sem qualquer efeito. O técnico Armando “Velhinha” ainda alterou a disposição táctica da sua equipa, mas os resultados foram nulos.
Arbitragem regular de Artur Teixeira, apesar de alguma dificuldade a analisar certos lances.

in Região de Leiria (Edição de 28/03/2000)

quarta-feira, 22 de março de 2000

Orlando Rosseau comenta vitória

Orlando Rosseau comenta a vitória da sua equipa
"Vitória com mérito"

“Não foi um jogo muito bonito, embora a primeira parte fosse melhor para o Portomosense do que a segunda. Jogámos relativamente bem, mas sofremos um golo cedo e isso enervou a equipa. Mas acabámos por dar a volta à situação, embora a Caranguejeira tenha trabalhado muito. Vencemos com algum mérito”.

in Região de Leiria (Edição de 21/03/2000)

Portomosense, 3 - Caranguejeira, 2

Caranguejeira perto de pontuar em Mira de Aire
Triunfo a ferros
Texto de
José Casimiro


O Portomosense continua a alimentar o sonho da subida à II divisão B, depois de vencer a Caranguejeira, por 3-2. A equipa da casa entrou melhor no jogo e tomou conta das operações a meio-campo. Não obstante ter conseguido mais tempo de posse de bola, a formação de Porto de Mós não conseguiu traduzir a supremacia em golos, apesar de algumas situações para o fazer. E quem não marca sofre. Num lance rápido de contra ataque, a formação de Armando Santos adiantou-se no marcador com um golo de Chanoca, aos 16 minutos.

Em desvantagem, o Portomosense não esmoreceu. Teve sempre no horizonte a baliza adversária e acabaria por empatar a partida aos 23 minutos, por intermédio de Ramusga. O intervalo chegaria com o empate a uma bola, resultado que se aceitava, apesar de o maior domínio territorial dos locais.A segunda parte não trouxe nada de novo. O Portomosense continuou a ser a equipa mais dominadora com a Caranguejeira na expectativa. Não admirou, portanto, que os locais se adiantassem no marcador. Na transformação de uma grande penalidade, a castigar uma falta sobre Dimas, Ramusga, na recarga, colocou a sua equipa em vantagem.A Caranguejeira reagiu. Armando “Velhinha” arriscou e as alterações deram frutos, embora não conseguisse o empate e permitiu que a equipa da casa marcasse. Catita fez o 3-1 e praticamente arrumava a questão.
A Caranguejeira, contudo, reduziria aos 88 minutos, para 3-2. No seis minutos de compensação dados pelo árbitro do encontro a formação forasteira esteve perto de empatar mas o Portomosense acabaria, com alguma felicidade, por segurar os três pontos.A vitória aceita-se, embora a divisão de pontos não escandalizasse ninguém numa partida em que o trio de arbitragem esteve bem até aos 90 minutos. A partir de então, o árbitro descontrolou-se e recorreu em exagero aos cartões amarelos.

in Região de Leiria (Edição de 21/03/2000)

sexta-feira, 17 de março de 2000

Antevisão do derby com Portomosense

Portomosense defronta Caranguejeira num “derby” para descomprimir
À espera de Borges
Texto de
Manuel Leiria

Os responsáveis do Portomosense estão com os nervos em franja por causa de Borges. O defesa central está desde a 21.ª jornada impedido de jogar por alegadamente ter agredido um espectador no final do encontro entre a formação de Porto de Mós e o Ponterrolense.“É muito estranho que o se está a passar.
O árbitro fez constar no relatório que o Borges tinha agredido uma pessoa mas, até agora, o atleta ainda não recebeu nenhuma nota de culpa, continuando sem poder jogar”, insurge-se Orlando Rousseau. O técnico do Portomosense considera “ridículo” que o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol não resolva o caso quando “há testemunhas que afirmam que nada se passou. Até a guarda que policiou o campo já nos escreveu a dizer que não registou nenhuma ocorrência”.Rousseau ainda tem esperança que Borges possa jogar contra a Caranguejeira.

O central seria uma importante ajuda para uma equipa com vários problemas na defesa e no ataque. Além de Borges, castigados estão Vítor e Hugo e Nuno Joaquim está lesionado, enquanto Dimas e Lasa se encontram em dúvida. “Vou ter de voltar a inventar soluções”, afirma Orlando Rousseau, que espera uma boa resposta da sua equipa frente uma equipa da Caranguejeira “perigosa e que tem um treinador de sabe de futebol”.

Armando Santos “Velhinha” é o tal treinador que “sabe de futebol”. Ele considera que a sua Caranguejeira “nada tem a perder com este jogo. Vamos jogar com o Portomosense, que está a fazer um campeonato espectacular e que nos ajudou muito na última jornada, vencendo o Idanhense”.Falé, Kikó e Ricardo, castigados, são ausências confirmadas, mas Luís ainda pode ficar de fora, se não recuperar de uma lesão. “Estamos a jogar bem. Espero que a equipa volte a responder bem. Continuamos a lutar pela manutenção na III divisão, o que, a acontecer, seria o equivalente a ganhar o campeonato”.

in Região de Leiria (Edição de 17/03/2000)

terça-feira, 7 de março de 2000

Avisenses, 0 - UD Caranguejeira, 2

Caranguejeira vence fora
Bis de Nuno Neves
Texto de
João Manuel Oliveira

A Caranguejeira foi a Avis vencer a equipa local por 2-0, resultado que permitiu à equipa de Armando “Velhinha” subir alguns lugares na tabela classificativa, encontrando-se agora no 11º lugar com 27 pontos.

O encontro entre o Avisenses e a Caranguejeira foi bastante disputado, com muita luta a meio campo e com ambas as formações a darem mostras de quererem contribuir para um bom espectáculo. Algo nervosa, a equipa avisense entrou demasiado retraída, dando a iniciativa do jogo ao adversário, que soube tirar proveito disso.A Caranguejeira, principalmente no primeiro tempo, teve maior posse bola e conseguiu criar espaços no reduto do adversário e foi acen-tuando esse domínio. Não foi pois de estranhar a marcação dos golos, que materializaram o ascendente que se vinha a registar.

Foram dois bons golos, a culminar duas jogadas de entendimento finalizadas com excelência por Nuno Neves aos 24 e 29 minutos. No segundo período o Avisenses surgiu melhor e reagiu à desvantagem no marcador, mas foi incapaz de solucionar os habituais problemas de finalização. Este facto facilitou a tarefa do adversário, que, refira-se, muito trabalhou para consolidar a vantagem obtida.Nota positiva para equipa de arbitragem que não teve qualquer influência no resultado.

in Região de Leiria (Edição de 07/03/2000)