quinta-feira, 23 de novembro de 2000

"Velhinha" pede isenção

Na sequencia da derrota ante o Bidoeirense
“Velhinha” pede isenção
Texto de Joaquim Paulo

O treinador da União Desportiva da Caranguejeira, Armando Santos “Velhinha” está revoltado com as arbitragens aos jogos da sua equipa. No domingo passado, “Velhinha” queixa-se de um “golo perfeitamente limpo”, que foi anulado pelo árbitro e que poderia ter dado outro rumo ao jogo. A Caranguejeira perdeu por 1-0, mas o técnico mantém a confiança na equipa, até pela excelente exibição frente ao Bidoeirense.

“Continuo a acreditar nesta rapaziada, só é preciso que haja isenção por parte das arbitragens, porque já começa a ser demais. Quase que me dá vontade de ir a Fátima a pé para pedir que os árbitros nos deixem de prejudicar”, diz “Velhinha”, ao mesmo tempo que pede que “deixem a Caranguejeira em paz”.

“Gostei da minha equipa frente ao Bidoeirense e já dei os parabéns à rapaziada. Temos de lutar para dar a volta a isto, mas os jogadores andam revoltados, porque tem sido demais. Já alertei para o facto de os árbitros mais jovens não se deixarem aliciar com promessas falsas, porque no final da época, vão constatar que são tudo mentiras”, refere.

Apesar dos últimos resultados, o técnico da Caranguejeira acredita que a equipa pode conseguir a manutenção na III divisão. E, domingo, frente ao União de Almeirim, uma vitória pode dar a volta aos acontecimentos: “Entramos em todos os jogos para ganhar e é isso que vai suceder no domingo. Além disso, se ganharmos ficamos com mais pontos conquistados em relação ao mesmo período da época passada. Acredito nesta jovem equipa para atingir estes objectivos e domingo a equipa vai trabalhar dentro do campo para garantis os três pontos. Só peço isenção é isenção dos árbitros. Para a Caranguejeira e para todas as equipas”, finaliza “Velhinha”.

in Região de Leiria ( edição de 23/11/2000)

Caranguejeira, 0 - Bidoeirense, 1

Bidoeirense vence injustamente na Caranguejeira
“Derby” à chuva
Texto de
Joaquim Paulo

O Bidoeirense deu um “safanão” na crise de resultados vencendo, domingo, na Caranguejeira, com um tento solitário de Rui Pereira. Uma vitória importante da equipa de José Marcelino, num “derby” muito disputado e presenciado por muito público. Só foi pena a muita chuva que estragou o espectáculo.

De resto, as equipas da região não tiveram uma grande prestação na jornada do fim-de-semana. Mesmo o líder Beneditense não ganhou, empatando a um golo na Sertã. Outro empate registou o Bombarralense, frente ao Portalegrense. A jogar em casa, a equipa de Fernandes Amaro esteve perto de somar os três pontos. A dez minutos do fim, o Bombarralense colocou-se em vantagem com um “penalty” convertido por Edgar Garcia. Mas no minuto final, o Portalegrense empatou, com mais um “penalty”, agora apontado por Luís Caronho. Mirense e Peniche perderam fora de casa, nos últimos minutos, em Tomar e Santarém, respectivamente.

Na Caranguejeira, foi o Bidoeirense que entrou melhor. Aos cinco minutos, João Martins cabeceou ao poste e aos 24 minutos foi a vez de Ladeira cabecear perto da baliza de Paulo Freitas. À passagem da meia-hora, a Caranguejeira assumiu o controlo do jogo e Neto tem um remate perigoso (31’). Oito minutos depois, Kikó falhou um cabeceamento que poderia ter dado o golo da Caranguejeira. Na segunda parte, a tendência de domínio da equipa de Armando “Velhinha” acentuou-se. Aos 56 a Caranguejeira poderia ter marcado, com Neto a rematar à trave e Gualter a falhar, na pequena área, o golo. Um minuto volvido, Nuno Neves, isolado, fica muito perto de atingir o alvo. A pressão dos locais era sufocante, mas seria o Bidoeirense a marcar. 63 minutos de jogo, Rui Pereira ganha um ressalto na área da Caranguejeira, após fífia de Paulo Freitas, e atira para o fundo da baliza. Sem merecer, o Bidoeirense colocava-se na frente.Até ao final, só “deu” Caranguejeira.
Aos 66 minutos, Miranda salva, sobre a linha, um golo quase certo do recém-entrado Marcóides. Treze minutos depois, Marcóides viu o árbitro da partida, Hugo Faria, anular o golo do empate, num lance muito confuso, mas que deixou dúvidas. Foi o último lance de verdadeiro perigo criado pela equipa local que, aos 85 minutos, viu o central Carlos Ribeiro ser expulso, ao derrubar, na área, Joel. Mas na conversão, Moura perdeu a oportunidade de sentenciar a partida, permitindo uma excelente defesa a Paulo Freitas.
Até ao final, a Caranguejeira pressionou muito em busca do empate, mas não seria coroada de êxito, sorrindo o triunfo, de forma injusta, ao Bidoeirense.

in Região de Leiria (edição de 23/11/2000)

terça-feira, 18 de abril de 2000

Jogadores assediados

“Deixem os jogadores em paz”

“Os jogadores da Caranguejeira estão a ser assediados por uma série de clubes da região”. Quem o garante é Armando “Velhinha”, que está pouco satisfeito com a postura de alguns clubes.

“Neste momento há um conjunto de clubes que estão a assediar cinco/seis jogadores da Caranguejeira. Acho que, por uma questão de respeito e ética, nesta fase do campeonato não deviam aliciar jogadores. Ainda estamos a lutar pela manutenção e os atletas precisam de estar tranquilos e de cabeça fria. E com estas movimentações isso não é possível”, refere.“Sei que há clubes que não largam meia dúzia de jogadores da Caranguejeira no sentido de eles se transferirem da Caranguejeira para essas colectividades”, salienta o técnico da Caranguejeira. Segundo o treinador, por “uma questão de ética e respeito por cada clube, estas situações apenas deviam acontecer após o termo do campeonato”.

“Deixem os jogadores em paz”, pede “Velhinha”.

in Região de Leiria (Edição de 17/04/2000)

Entrevista a Armando "Velhinha"

Armando “Velhinha”
Agradado
Texto de
Rui Pires





Que a análise faz à carreira da Caranguejeira no campeonato? Está satisfeito?

No início da temporada senti que íamos ter muitas dificuldades, mas acreditei e continuo a acreditar no valor dos jogadores da Caranguejeira. Estou satisfeito pela evolução que eles têm tido, mas também tenho a convicção que com outras condições poderíamos fazer mais. Quando surgiram as lesões e os castigos, a situação complicou-se e as coisas não correram bem. Francamente nessa altura cheguei a ter algumas dúvidas sobre a capacidade de resposta dos jogadores às adversidades que se iam deparando. No entanto, tenho de salientar o trabalho dos jogadores, dos responsáveis do clube e do meu adjunto, Luís Salavessa. Juntos ultrapassámos isso e neste momento estamos numa posição mais confortável.

A equipa está melhor agora do que no início do campeonato?

Isso é evidente. Gostava era que o campeonato começasse agora. Os jogadores estão mais libertos e mais maduros. Estamos bem preparados para realizar um bom final de campeonato.A Caranguejeira tem neste momento 32 pontos, oito acima da “linha-de-água”. Quantos pontos precisa para alcançar a manutenção?A nossa meta são os 40 pontos, que nos garantem a permanência sem problemas. Mas não vão ser necessários tantos para nos mantermos na III divisão, isto porque vai haver vários jogos entre as equipas abaixo de nós. E no confronto directo temos vantagem sobre essas equipas.

A Caranguejeira tem um dos piores ataques da série D da III divisão, com 27 golos em 27 jogos...

Temos tido alguns problemas com os nossos avançados e essa fraca produção pode explicar-se por aí. No início do campeonato, o Nuno Neves, nosso melhor marcador, fracturou a cana do nariz e levou algum tempo a regressar à actividade. A equipa ressentiu-se disso, porque o Rui Codinha, que no ano passado fez uma boa época, também teve um problema de saúde e não tem tido o rendimento normal e porque o Marcóides, sofreu um fase de baixa de forma. A questão da finalização é real e está à vista, mas o que certo é que nos treinos essa questão não se põe. Infelizmente, aos domingo, os jogadores já não conseguem repetir os golos que marcam nos treinos.

Há quem diga que a III divisão deste ano é a mais fraca dos últimos anos. Concorda?

As pessoas dizem sempre isso. Tenho a certeza absoluta que isso não é verdade. A prova disso foi a réplica que as equipas desta série deram na Taça de Portugal.

Vai continuar na Caranguejeira na próxima temporada?

Sou treinador da Caranguejeira até 31 de Maio, mas como o campeonato acaba em Junho, vou manter-me me funções até essa altura. Depois não sei o que se vai passar. A direcção do clube vai cessar funções e não se sabe o que vem a seguir. Nada está definido.

Mas está disponível para continuar?

Sou treinador e à partida não posso dizer que não gostaria de ficar. Estou disponível.

As condições que a Caranguejeira tem permitem-lhe manter-se na III divisão?

Com muito esforço. Sei que estão a fazer um campo de apoio, no sentido de se relvar o já existente. Mas não sei quando é que isso se vai concretizar, até porque essas situações passam pela nova direcção. Sei que actual não se vai recandidatar, o que é mau porque ninguém tem uma ideia do que se vai passar e ainda não se planeou nada.

in Região de Leiria (Edição de 17/04/2000)

sábado, 15 de abril de 2000

UDC perto da manutenção

Caranguejeira perto da manutenção
Quase tranquilos
Texto de
Mário Rui Nicolau

Com 32 pontos conquistados e oito acima da “linha de água” a Caranguejeira está perto da tranquilidade. Mas o técnico Armando “Velhinha” não quer começar a festejar.
A sete jornadas do fim da série D da III divisão nacional, o técnico pensa que mais uma vitória deve assegurar a manutenção. No entanto, considera que a segurança só é alcançada com mais quatro pontos. “Se tudo correr dentro da normalidade este número deve dar-nos a permanência”, explica Armando “Velhinha”.
Na próxima jornada, a Caranguejeira desloca-se ao terreno do BC Branco. O técnico diz que “não há nada a perder”. “Vamos tentar fazer o melhor, mas vamos jogar tranquilos. Prometo que a equipa vai lutar com muita força até ao final e continuo esperançado que a equipa ultrapasse todos os problemas”, garante o técnico, que não pode contar com Rui Codinha e Nuno Ruivo frente ao BC Branco.

in Região de Leiria (Edição de 14/04/2000)

quarta-feira, 12 de abril de 2000

Caranguejeira, 1 - Ferroviários, 0

Golo de grande penalidade dá triunfo à equipa de Armando “Velhinha”
Fenómeno da Caranguejeira
Texto de
Joaquim Paulo


A Caranguejeira bateu o Ferroviários, do Entroncamento, com um golo solitário, apontado pelo médio Ricardo, de grande penalidade. A equipa de Armando “Velhinha” deu, assim, um passo importante rumo à manutenção na III divisão nacional. Algo que parece cada vez mais seguro.

Num mau jogo, foi o Ferroviários que entrou melhor. Pressionando o adversário, a turma de José Moita conseguiu alguma supremacia no meio-campo. No entanto, as oportunidades de golo eram escassas. Aliás, durante a primeira parte foram quase inexistentes. O primeiro lance digno de registo ocorreu aos 31 minutos, quando o avançado visitante Pires encontrou espaço na área da Caranguejeira e visou a baliza de Vítor Maranhão. Muito atento, o guardião local cedeu canto.

Na primeira parte, a Caranguejeira demorou a entrar no jogo. Com um futebol mastigado e com o esférico muito pelo ar, o conjunto local raramente chegou à baliza de Sérgio, que se cotou como o melhor em campo. Só aos 42 minutos a equipa de “Velhinha” criou perigo. Com um remate potente fora da área, o avançado da Caranguejeira obrigou Sérgio a excelente defesa. “Penalty” decide.

Insatisfeito com a falta de agressividade do ataque, “Velhinha” fez entrar Marcóides no segundo tempo. E logo aos 48, Rui Codinha rematou com perigo. Dois minutos depois, em lance individual, Nuno Neves “ganhou” uma grande penalidade para a Caranguejeira, depois de travado em falta por Nino. Na transformação, Ricardo fez o único tento da partida.O golo animou a partida e transformou a equipa da casa, que passou a causar mais problemas à defesa do Ferroviários.

Aos 59 minutos, o avançado visitante Marquitos foi expulso e isso facilitou a tarefa dos locais. Aos 61 minutos, Nuno Neves rematou colocado, para mais uma intervenção de nível de Sérgio. Com o Ferroviários reduzido a 10 jogadores, o jogo ganhou emotividade, até porque os visitantes nunca deixaram de procurar o empate.
Caberiam à Caranguejeira as únicas oportunidades de golo, mas a equipa de “Velhinha” não concretizou e acabou o encontro a defender.Um duelo especial caracterizou a segunda parte. Apesar de ser um médio de características defensivas, foi Gualter quem mais procurou alvejar a baliza de Sérgio. Aos 66, 88 e 92 minutos, Gualter rematou com muito perigo à baliza do Ferroviários, sempre sem sucesso e muito por culpa do guardião Sérgio, que evitou mais golos da Caranguejeira.

O Ferroviários lutou muito, mas nunca demonstrou argumentos para incomodar Vítor Maranhão. Apesar de tudo, a equipa de José Moita conseguiu empurrar o adversário para o seu extremo reduto nos minutos finais, apesar de não ter conseguido a igualdade. Vitória justa, da equipa mais feliz.

Arbitragem sem qualidade de Lino Ferreira. Bastante caseiro, não viu uma agressão de Rui Codinha a Rui Pedro.

in Região de Leiria (Edição de 11/04/2000)

quarta-feira, 5 de abril de 2000

União de Tomar, 2 - Caranguejeira, 0

Caranguejeira perde em Tomar
Chuva de falhas
Texto de
João Manuel Sampaio

O União de Tomar conseguiu três preciosos pontos frente à Caranguejeira, ao vencer por 2-0. A equipa de Armando “Velhinha” lutou bastante mas encontrou no relvado empapado, um obstáculo de peso para a conquista de pontos.Na primeira parte, durante os primeiros 35 minutos, o União de Tomar pressionou e rematou mais, criando alguns embaraços à defesa adversária.

A Caranguejeira, com os jogadores mais espalhados pelo campo, deixou a formação da casa jogar e ocupar os espaços, o que lhe custou um golo, marcado por Ferreira, aos 16 minutos.
Este tento “espevitou” e tornou o jogo mais interessante. Nos últimos 10 minutos da primeira parte, a Caranguejeira aumentou o ritmo, pressionou e, por duas vezes, esteve à beira de empatar.

Na segunda parte, a Caranguejeira tomou conta do jogo, sem, no entanto, conseguir marcar. Os homens de “Velhinha” falharam muito e o União de Tomar aproveitou bem esse facto. Assim, na sequência de um pontapé de canto, os locais aumentaram o marcador, com um bom golo de cabeça de Renato.
Na equipa da Caranguejeira, Marcóides e Marco Aurélio foram quem mais se destacaram, tentando tudo para que o resultado fosse outro. Caso tivesse concretizado as oportunidades que criou, a Caranguejeira poderia mesmo ter saído de Tomar com outro resultado.

O árbitro Vasco Guedelha, de Évora, teve momentos de pouca lucidez e exagerou nas admoestações, prejudicando a Caranguejeira

in Região de Leiria (Edição de 04/04/2000)

quarta-feira, 29 de março de 2000

Caranguejeira, 1 - Alcanenense, 1

Caranguejeira “escorrega” com Alcanenense
Vazio de ideias
Texto de
Mário Rui Nicolau

A Caranguejeira não conseguiu vencer um dos seu adversários directos na luta pela manutenção, o Alcanenense, ao permitir um empate a duas bola, já no segundo tempo.

A equipa de Armando “Velhinha” não jogou bem e depois de marcar tentou gerir o resultado, abdicando praticamente de atacar. O Alcanenense, pelo seu lado, também se mostrou uma equipa pouco ambiciosa e só depois de estar a perder tentou fazer algo para chegar ao golo.

Com uma postura bastante cautelosa, a Caranguejeira arriscou pouco durante os primeiros minutos, tentando trocar a bola com bastante certeza. A tentativa de jogar um futebol apoiado por parte de Armando “Velhinha” acabou por falhar, uma vez que os médios não conseguiram servir os dois elementos mais avançados, Chanoca e Nuno Neves. Isto também porque as marcações dos jogadores do Alcanenense foram, na maior parte do primeiro tempo eficazes.

Contudo, a partir da meia-hora de jogo, a Caranguejeira melhorou a sua circulação de bola e manteve-se mais tempo no meio-campo do adversário. Como consequência o perigo passou a rondar, com maior frequência, a baliza de Alexandre. Aos 34 minutos, Vasco, com um excelente lance individual pela esquerda, ganhou a linha de fundo e centrou atrasado, Chanoca apareceu a rematar, mas falhou por centímetros. Porém, a equipa de Armando “Velhinha” acabou por chegar ao golo, num lance que deixou algumas dúvidas. Nuno Neves caiu na área, após disputar a bola com o central Gonçalves. O árbitro não teve dúvidas e assinalou grande penalidade. Ricardo, com um remate colocado, deu vantagem no marcador à sua equipa, resultado com que acabou o primeiro tempo.

Depois do intervalo, as equipas mudaram por completo. A Caranguejeira deu a iniciativa de jogo ao seu adversário. O Alcanenense aceitou a tarefa que o conjunto da casa lhe entregou e passou a assumir as despesas ofensivas. No entanto, as ocasiões de perigo não apareceram. A equipa de Armando “Velhinha”, apesar de alguns deslizes, conseguiu manter o perigo afastado da sua baliza. Mas pouco a pouco a eficácia defensiva dos locais foi baixando.


O Alcanenense, por seu turno, com algumas mexidas no “onze” conseguiu tornar o seu futebol mais incisivo e apareceu maior frequência na área de Vítor Maranhão. Aos 68 minutos, Marco quase conseguiu o tento e cinco minutos depois Pelarigo imitou-o. Mas o ataque do Alcanenense acabou por ver o seu esforço premiado aos 76 minutos, por Tuta. O médio aproveitou uma bola devolvida pela barra para igualar. Só depois do golo a Caranguejeira voltou a atacar, mas sem qualquer efeito. O técnico Armando “Velhinha” ainda alterou a disposição táctica da sua equipa, mas os resultados foram nulos.
Arbitragem regular de Artur Teixeira, apesar de alguma dificuldade a analisar certos lances.

in Região de Leiria (Edição de 28/03/2000)

quarta-feira, 22 de março de 2000

Orlando Rosseau comenta vitória

Orlando Rosseau comenta a vitória da sua equipa
"Vitória com mérito"

“Não foi um jogo muito bonito, embora a primeira parte fosse melhor para o Portomosense do que a segunda. Jogámos relativamente bem, mas sofremos um golo cedo e isso enervou a equipa. Mas acabámos por dar a volta à situação, embora a Caranguejeira tenha trabalhado muito. Vencemos com algum mérito”.

in Região de Leiria (Edição de 21/03/2000)

Portomosense, 3 - Caranguejeira, 2

Caranguejeira perto de pontuar em Mira de Aire
Triunfo a ferros
Texto de
José Casimiro


O Portomosense continua a alimentar o sonho da subida à II divisão B, depois de vencer a Caranguejeira, por 3-2. A equipa da casa entrou melhor no jogo e tomou conta das operações a meio-campo. Não obstante ter conseguido mais tempo de posse de bola, a formação de Porto de Mós não conseguiu traduzir a supremacia em golos, apesar de algumas situações para o fazer. E quem não marca sofre. Num lance rápido de contra ataque, a formação de Armando Santos adiantou-se no marcador com um golo de Chanoca, aos 16 minutos.

Em desvantagem, o Portomosense não esmoreceu. Teve sempre no horizonte a baliza adversária e acabaria por empatar a partida aos 23 minutos, por intermédio de Ramusga. O intervalo chegaria com o empate a uma bola, resultado que se aceitava, apesar de o maior domínio territorial dos locais.A segunda parte não trouxe nada de novo. O Portomosense continuou a ser a equipa mais dominadora com a Caranguejeira na expectativa. Não admirou, portanto, que os locais se adiantassem no marcador. Na transformação de uma grande penalidade, a castigar uma falta sobre Dimas, Ramusga, na recarga, colocou a sua equipa em vantagem.A Caranguejeira reagiu. Armando “Velhinha” arriscou e as alterações deram frutos, embora não conseguisse o empate e permitiu que a equipa da casa marcasse. Catita fez o 3-1 e praticamente arrumava a questão.
A Caranguejeira, contudo, reduziria aos 88 minutos, para 3-2. No seis minutos de compensação dados pelo árbitro do encontro a formação forasteira esteve perto de empatar mas o Portomosense acabaria, com alguma felicidade, por segurar os três pontos.A vitória aceita-se, embora a divisão de pontos não escandalizasse ninguém numa partida em que o trio de arbitragem esteve bem até aos 90 minutos. A partir de então, o árbitro descontrolou-se e recorreu em exagero aos cartões amarelos.

in Região de Leiria (Edição de 21/03/2000)

sexta-feira, 17 de março de 2000

Antevisão do derby com Portomosense

Portomosense defronta Caranguejeira num “derby” para descomprimir
À espera de Borges
Texto de
Manuel Leiria

Os responsáveis do Portomosense estão com os nervos em franja por causa de Borges. O defesa central está desde a 21.ª jornada impedido de jogar por alegadamente ter agredido um espectador no final do encontro entre a formação de Porto de Mós e o Ponterrolense.“É muito estranho que o se está a passar.
O árbitro fez constar no relatório que o Borges tinha agredido uma pessoa mas, até agora, o atleta ainda não recebeu nenhuma nota de culpa, continuando sem poder jogar”, insurge-se Orlando Rousseau. O técnico do Portomosense considera “ridículo” que o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol não resolva o caso quando “há testemunhas que afirmam que nada se passou. Até a guarda que policiou o campo já nos escreveu a dizer que não registou nenhuma ocorrência”.Rousseau ainda tem esperança que Borges possa jogar contra a Caranguejeira.

O central seria uma importante ajuda para uma equipa com vários problemas na defesa e no ataque. Além de Borges, castigados estão Vítor e Hugo e Nuno Joaquim está lesionado, enquanto Dimas e Lasa se encontram em dúvida. “Vou ter de voltar a inventar soluções”, afirma Orlando Rousseau, que espera uma boa resposta da sua equipa frente uma equipa da Caranguejeira “perigosa e que tem um treinador de sabe de futebol”.

Armando Santos “Velhinha” é o tal treinador que “sabe de futebol”. Ele considera que a sua Caranguejeira “nada tem a perder com este jogo. Vamos jogar com o Portomosense, que está a fazer um campeonato espectacular e que nos ajudou muito na última jornada, vencendo o Idanhense”.Falé, Kikó e Ricardo, castigados, são ausências confirmadas, mas Luís ainda pode ficar de fora, se não recuperar de uma lesão. “Estamos a jogar bem. Espero que a equipa volte a responder bem. Continuamos a lutar pela manutenção na III divisão, o que, a acontecer, seria o equivalente a ganhar o campeonato”.

in Região de Leiria (Edição de 17/03/2000)

terça-feira, 7 de março de 2000

Avisenses, 0 - UD Caranguejeira, 2

Caranguejeira vence fora
Bis de Nuno Neves
Texto de
João Manuel Oliveira

A Caranguejeira foi a Avis vencer a equipa local por 2-0, resultado que permitiu à equipa de Armando “Velhinha” subir alguns lugares na tabela classificativa, encontrando-se agora no 11º lugar com 27 pontos.

O encontro entre o Avisenses e a Caranguejeira foi bastante disputado, com muita luta a meio campo e com ambas as formações a darem mostras de quererem contribuir para um bom espectáculo. Algo nervosa, a equipa avisense entrou demasiado retraída, dando a iniciativa do jogo ao adversário, que soube tirar proveito disso.A Caranguejeira, principalmente no primeiro tempo, teve maior posse bola e conseguiu criar espaços no reduto do adversário e foi acen-tuando esse domínio. Não foi pois de estranhar a marcação dos golos, que materializaram o ascendente que se vinha a registar.

Foram dois bons golos, a culminar duas jogadas de entendimento finalizadas com excelência por Nuno Neves aos 24 e 29 minutos. No segundo período o Avisenses surgiu melhor e reagiu à desvantagem no marcador, mas foi incapaz de solucionar os habituais problemas de finalização. Este facto facilitou a tarefa do adversário, que, refira-se, muito trabalhou para consolidar a vantagem obtida.Nota positiva para equipa de arbitragem que não teve qualquer influência no resultado.

in Região de Leiria (Edição de 07/03/2000)