Jogo de zeros

Numa tarde bem agradável, a dar as boas vindas à Primavera, e a convidar a um bom jogo de futebol, a UDC não foi além de um empate a zero frente ao Juncal. Se na primeira volta a história tinha descrito um jogo de grande luta que, apesar das fortes chuvas e do consequente mau estar do terreno, tinha no entanto permitido à UDC trazer para casa três pontos, hoje nada disso aconteceu. O sol radiante e a temperatura amena, anteviam mais e melhor. Contudo, o que os adeptos tiveram oportunidade de ver foi uma equipa retraída no seu meio campo, sempre sem grande atitude ofensiva. Ainda que no lado contrário o Juncal também nunca tivesse convencido que vinha disposto a dar tudo por tudo pela vitória, a UDC também nunca apresentou rasgos do "vamos lá resolver isto". Tal terá tido origem na atitude solidária pedida no início pelo técnico José Carvalho, no sentido da equipa apoiar ao máximo o guarda-redes Nuno, que hoje fez a sua estreia oficial.

Foi de facto um jogo sem oportunidades de golo para ambas as equipas ainda que, nalguns períodos do jogo, tenha sido o Juncal quem assumiu a hostes e procurado chegar à vantagem. Do outro lado estava, no entanto, uma UDC que, apesar de fora do seu esquema de jogo habitual, mostrou capacidade para anular a ofensiva juncalense, resolvendo sempre sem grandes dificuldades, evitando males maiores.
No final da partida José Carvalho, em entrevista ao blog justificou assim o empate. "Normalmente temos 8 a 9 pessoas nos treinos. Hoje pedimos para à equipa apoiar a estreia do guarda-redes Nuno. Penso que a equipa teve mais preocupação em ajudar o colega, não descurando a tentativa de ganhar o jogo, mas não se libertou tanto como é normal. O Nuno é uma pessoa que é grata e que todos gostam no grupo, é uma pessoa humilde e muito educada, ao longo da época não falha a um treino, tem ajudado e incentivado os colegas, e hoje foi a altura dos colegas lhe retribuírem esse apoio. Ele teve esse apoio, mas isso retraiu a equipa que estava um pouco receosa da prestação dele. A equipa não se libertou no ataque.
Por outro lado, há jogadores que não têm treinado, e a equipa também não tem treinado no relvado. A Direcção quer preservar o relvado e nós temos que respeitar isso. Contudo, o relvado é um campo mais pesado que o pelado, e os jogadores começam a desabituar-se disso e a ressentir-se fisicamente. Apesar de tudo, hoje o problema foi mais o psicológico. Hoje fomos uma equipa mais preocupada em que a bola não chegasse à nossa área, do que em correr risco e jogar deliberadamente ao ataque, que é o que normalmente fazemos."
Reportagem e fotos: Orlando Marques
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